Elon Musk e a estratégia do Twitter para se proteger

Elon Musk quer comprar o Twitter. Mas, o Twitter não quer ser comprado. Pelo menos, não tão rápido. Entenda o assunto.

Nas última semanas, Elon Musk está ainda mais em evidência desde que anunciou seu interesse em se tornar o único dono de uma das 10 maiores redes sociais do mundo na atualidade.

O bilionário (em dólares, porque em reais ele seria trilionário) quer comprar nada mais nada menos do que o Twitter, já que não acha correto bloquear usuários e questionar comentário considerados impróprios.

No dia 14 de abril, Elon Musk disse que não pretende ganhar dinheiro com a compra da rede social. Na verdade, Musk afirma que a liberdade de expressão está em perigo na rede.

Afinal, conteúdos que exaltam a violência, casos de abusos de todo tipo e pornografia são denunciados e excluídos da rede.

Aparentemente, a ideia é levar o Twitter para onde as leis são mais frouxas, permitindo o que ele considera ser liberdade de expressão e que a rede social é vital para o compartilhamento de ideias sem limitações. Mas, Musk não deu mais informações sobre o assunto.

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No entanto, para impedir que todo o poder financeiro permita que Elon Musk se torne o único dono da rede social, os acionistas se armaram.

Para isso, eles recorreram a uma estratégia do mercado de ações chamado de pílula do veneno ou “poison pill”, adotada para impedir a compra de uma empresa simplesmente porque o comprador tem o capital para isso, quando ela não está interessada na transação.

Como funciona a estratégia usada pelo Twitter contra Elon Musk

A estratégia conhecida como Poison Pill ou pílula de veneno tem um nome formal.

O chamado Plano de Direito dos Acionistas de Duração Limitada, é aberto quando o mercado permite que todos os acionistas possam comprar ações com descontos e diminuir o poder de uma única parte. Nesse caso, de Elon Musk.

No entanto, a estratégia não impede totalmente que a empresa seja vendida. Mas, impõe certas condições à transação.

Confira algumas delas:
  • Por exemplo, Elon Musk já é o maior acionista da empresa com 9,2% das ações. O plano impede que, nesse momento, ele adquira outra fatia e ultrapasse 15% das ações do Twitter.
  • Além disse, outro objetivo da pílula de veneno é impedir que ele compre a empresa sem bonificar os outros acionistas.
  • Ao mesmo tempo, a estratégia garante que o conselho deve ter tempo para analisar toda a proposta e se certificar de que a venda seja para o benefício do Twitter. Ou seja, a pílula de veneno protege acionistas e empresa e vale até 14 de abril de 2023,

E se Elon Musk comprar o Twitter, o que muda?

 

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