De acordo com a Polícia Federal (PF), responsável pela compilação do documento, o Brasil emitiu mais de 500 mil passaportes entre janeiro e março de 2022.
O número representa uma taxa de impressão 134,96% maior no mesmo período de 2021 ( 214.581 ) e continua a tendência de aumento das emissões iniciada no segundo trimestre do ano passado.
Os dados obtidos pelo Portal R7 com base na Lei de Acesso à Informação também mostram que foram realizadas 120.538 emissões em abril. Este é o maior volume desde janeiro de 2020, quando a pandemia ainda não levava a medidas restritivas em todo o mundo.
Em todo o ano passado, pouco mais de 1,28 milhão de passaportes foram entregues no Brasil, uma queda de 24,2% em relação ao ano de 2020. Comparado a 2019, quando não havia medidas restritivas e quase 3 milhões de estampas foram feitas, o número de peças é 57% menor.
Motivos das emissões de passaporte
A evolução das emissões se justifica pelo maior entusiasmo dos brasileiros em viajar para o exterior com o esfriando o covid19.
De acordo com uma pesquisa encomendada pela Wise, mais da metade dos viajantes brasileiros (55%) planeja viajar para outro país nos próximos 12 meses. O nível é 8% maior do que em agosto de 2021.
A pesquisa também mostra que dois em cada cinco entrevistados (40%) dizem estar um pouco menos preocupados com as variantes do Covid-19 no exterior se sentiram confortáveis viajando.
A queda na preocupação foi maior entre os pais com filhos menores de 18 anos (de 48% para 35%) e os que ganham até R$ 4.999 (de 53% para 38%).
À medida que os temores em torno das variantes do Covid-19 diminuem, as restrições nas fronteiras dificultam os planos de viagem.
Cerca de dois terços dos turistas que são brasileiros (67%) concordam que as novas restrições de entrada e as regras de quarentena reduziram o interesse em viajar para o exterior.
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No entanto, nem todos os brasileiros se sentem à vontade para viajar em meio à pandemia.
Entre os que indicaram não planejar uma viagem para o próximo ano, os principais motivos são a Covid-19 (58%), a impossibilidade de pagar a viagem que desejam (31%) e o câmbio desfavorável (31%).
A maior busca por turismo foi confirmada pela última edição da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).
Segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a atividade turística cresceu 4,5% em março, após queda acumulada de 0,9% nos dois primeiros meses do ano.
Apesar do segmento de turismo ainda está 6,5% abaixo dos níveis pré-pandemia.
O indicador acompanha os serviços para famílias e transporte, que também cresceram em março, influenciados pelo aumento do tráfego aéreo, restaurantes, hotéis e serviços de alimentação, avalia Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa.
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