A tecnologia usada para o bem não é exatamente uma novidade. Afinal, câmeras de vigilância, exames cada vez mais precisos e os próprios aparelhos celulares, são excelentes usos da tecnologia para o bem da população em geral.
Uma das formas mais recentes da tecnologia usada para o bem tem a ver com pessoas desaparecidas. De fato, só no ano de 2020, quase 200 pessoas desapareceram por dia. E para sua surpresa, esse nem foi o pior ano.
Para ajudar a encontrar essas pessoas ou alguma resposta sobre o que houve com elas, diferentes ONGs, como a Mães da Sé, cruzam informações contidas em bancos de dados públicos e disponíveis na internet.
Dessa forma, elas conseguem alimentar programas de reconhecimento facial e bancos de DNA que pesquisam genealogia mundo afora.
Os resultados vieram. A Mães da Sé, por exemplo, conseguiu solucionar cerca de 1/5 dos casos de desaparecimento que recebem. Fundada em 1996, ela usa as redes sociais como Instagram e Facebook para divulgar e procurar rostos de desaparecidos.
Recentemente, outra ferramenta promissora juntou forças na tecnologia usada para o bem.
O aplicativo conhecido como Family Faces, um produto do trabalho conjunto entre Microsoft e a empresa Multiconnect, foi criada para fazer o reconhecimento facial de qualquer pessoa no banco de dados. Aliás, a empresa garante que a idade e as mudanças sofridas não alteram o grau de acertos da ferramenta.
Tecnologia usada para o bem em reconhecimento
O software desenvolvido pela parceria não depende de bancos de dados e informações normalmente usadas em casos assim.
A raça, o gênero e a etnia da pessoa costumam ser úteis para o desenvolvimento de novos retratos falados. Mas, o Family Faces mapeia 27 pontos da face humana para recriar rostos levando em conta o passar do tempo.
Segundo os desenvolvedores, a distância entre os pontos determinados é padrão e se mantém a mesma da infância à velhice. De fato, os teste foram bem precisos e o sistema se provou mais uma ferramenta da tecnologia usada para o bem.
Essa ferramenta poderia ser o alívio para milhares de casos como o da fundadora da ONG Mães da Sé, que procura sua filha desaparecida desde 1995.
Aliás, ela encontrou no desenvolvedor do aplicativo um parceiro na busca. Assim, a Microsoft forneceu a tecnologia, a Multiconnect produziu o software e a ONG Mães da Sé compartilhou seu vasto banco de dados repleto de informações coletadas ao longo dos últimos 30 anos.
Tinha uma pedra no caminho
Assustadoramente, porém, a burocracia ainda não permitiu que o sistema fosse integrado às delegacias e hospitais do estado. Afinal, devido à segurança de identidade, os rostos não podem ser guardados no banco de dados, mesmo que a tecnologia usada para o bem seja o objetivo.
Sendo assim, quando o aplicativo soa o alerta de semelhança entre um rosto cadastrado e uma imagem atual, a fundadora da ONG, Ivanise Silva contata as autoridades e a família de forma voluntária.
Outros caminhos
Paralelamente, outra tecnologia é usada hoje para encontrar desaparecidos: o sequenciamento do DNA.
De acordo com a ONG Busca Brasil, por meio de Jairo Mascen, o DNA de pessoas que podem ser procuradas como desaparecidas é cruzado com o banco de dados do laboratório Genera.
Esperamos que essas ferramentas ajudem a encontrar tantos entes queridos procurados incansavelmente por suas famílias. Isso prova que a tecnologia usada para o bem possui grande potencial.
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