Em 2021, um documentário sobre o famoso chef Anthony Bourdain, deu uma ideia do que a vida no metaverso, mesmo após a morte, pode fazer.
Acontece que o chef faleceu antes da conclusão do documentário e o diretor Morgan Neville decidiu usar a inteligência artificial para recriar digitalmente a sua voz.
Aqui no Brasil, ainda em 2021, algo semelhante aconteceu quando, em uma campanha publicitária, o Mercado Livre fez soar a voz de Seu Antunes, pai do jogador Zico, pelos auto falantes do Maracanã. Isso não seria impressionante se Seu Antunes não tivesse falecido em 1986.
Agora, empresas de tecnologia pretendem dar a oportunidade de usuários continuarem com vida no metaverso após a morte no mundo real. Mas, qual o objetivo, se a pessoa não vai estar mesmo lá?
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Objetivo da vida no metaverso após a morte no mundo real
Bom, tudo começou quando o pai de um executivo da área de tecnologia, Artur Sychov, recebeu o diagnóstico de câncer em estágio avançado.
Temendo que seus filhos não tivessem a chance de conhecer ou interagir com o avô, Sychov decidiu investir no desenvolvimento de tecnologias e inteligência artificial que tornassem essa experiência possível mesmo após a perda de seu pai.
De fato, a ideia é que a pessoa possa gravar vídeos, áudios, guardar informações importantes, dados pessoais e até expressões corporais e faciais em um sistema sofisticado de inteligência artificial.
Assim, no futuro um avatar reproduziria esse material devidamente programado de forma a dar a sensação de vida no metaverso.
Dessa forma, família e amigos poderiam matar a saudade e passar um tempo com o ente querido que já se foi. Aliás, a busca principal é por uma tecnologia que permita uma interação realista.
O receio de Sychov, segundo a reportagem, era de que seus filhos pequenos não tivessem a chance de criar memórias com o avô.
Por isso, decidiu investir em desenvolver soluções para que experiências do tipo pudessem ser amenizadas com a tecnologia e a possibilidade de continuar com vida no metaverso.
Qual o problema?
Conseguir dar a sensação de que a pessoa ainda tem vida no metaverso, em si, não é um problema. Mas, a tecnologia usada para isso pode ser.
Afinal, existem questões éticas ligadas ao ato de recriar a voz de alguém que já morreu.
Ainda mais em um mundo que caminha para usar o reconhecimento de voz como forma de validação para transações financeiras, por exemplo.
Além disso, com a tecnologia seria possível colocar palavras na boca de quem não está mais aqui para se defender. Entende o perigo?
O próprio Morgan Neville enfrentou a fúria de críticos do sistema. Afinal, por meio da inteligência artificial, ele criou falas que Anthony Bourdain nunca verbalizou, mas que completam a narrativa do documentário.
Em resumo, a ideia de continuar com vida no metaverso e dar a chance de quem amamos continuar a conviver com nossa voz e com nosso jeito de agir até parece uma ideia acolhedora.
Mas, para que isso funcione é imprescindível que tudo seja muito bem fiscalizado. Resta saber como as empresas de tecnologia vão lidar com as questões éticas e fazer tudo isso acontecer.
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