Higiene na cozinha: Confira 6 erros que são riscos à saúde;

Saiba como diminuir o risco com medidas simples e fáceis de colocar em prática, e elevar a higiene na cozinha. Confira agora!

A contaminação de pratos e alimentos pode levar a infecções gastrointestinais, cujas principais consequências são vômitos, diarréia e desidratação. Aprenda a reduzir o risco com ações simples e fáceis de implementar.

Todos os anos, 600 milhões de pessoas adoecem e 420.000 morrem de doenças transmitidas por alimentos.

As causas mais comuns são bactérias que se multiplicam em alimentos mal conservados ou vencidos. Podem causar infecções gastrointestinais mais graves, levando a vômitos graves, diarreia e desidratação em alguns indivíduos, dados esses Compilados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com base nisso, o professor de microbiologia Uelinton Pinto do Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de São Paulo (FoRC-USP) decidiu montar uma equipe para estudar o impacto desse problema no Brasil.

O primeiro passo do grupo foi a divulgação de um levantamento em 2019 que encontrou 247 mil casos e 195 mortes relacionadas a doenças transmitidas por alimentos no país entre 2000 e 2018.

Abaixo você confere os erros mais comuns na higienização desse ambiente e como é possível fazer mudanças simples para diminuir a probabilidade de contaminação.

As orientações são baseadas em entrevistas realizadas pela BBC News Brasil e em um folheto recentemente publicado por pesquisadores do FoRC-USP e disponível para download.

Utilizar apenas água para limpar vegetais que são consumidos crus

Aqui está outro erro comum nos lares brasileiros: Basta esfregar um pouco de água em frutas e vegetais que são consumidos crus e com pele, como tomate, alface e maçã.

Embora essa limpeza de superfície ajude a remover contaminantes maiores, ela não é capaz de eliminar completamente os microrganismos que se acumulam na superfície desses alimentos.

Recomenda-se mergulhá-los em uma bacia com mistura de água e hipoclorito de sódio por cerca de 15 minutos. Depois é só lavar em água corrente e secar antes de guardar na despensa ou na geladeira, dependendo do alimento.

Este rito de purificação não precisa ser estritamente observado com vegetais descascados e cozidos, como batata e mandioca. O próprio fogo já elimina microorganismos potencialmente nocivos.

Não lavar as mãos corretamente

Bem, não adianta ter comida limpa se as mãos com que você manuseia estão sujas.

Neste caso, patógenos que pousaram em suas unhas e dedos podem, em um processo que os especialistas chamam de contaminação cruzada em quais alimentos saltam.

Antes de começar uma receita (ou até mesmo pegar uma maçã para comer), é importante lavar as mãos com água e sabão.

Se você não tiver uma pia por perto , o álcool gel pode ser um ótimo substituto para aquela higiene básica pré-refeição.

Utilizar os mesmos utensílios para ingredientes crus e cozidos

Falando em contaminação cruzada, imagine o risco que você corre ao cortar carne crua e depois usar a mesma tábua e faca para retirar as folhas de uma salada.

Os microrganismos contidos na carne podem ser transferidos diretamente para os vegetais que são consumidos crus em uma salada.

Aguardar o alimento esfriar antes de colocá-lo na geladeira

Cada microrganismo tem uma temperatura ideal para se reproduzir. Por exemplo, algumas bactérias se multiplicam mais rapidamente a 25°C. Outros preferem 30, 35°C e assim por diante.

Esta explicação nos ajuda a entender por que esperar a comida esfriar antes de guardá-la na geladeira não é uma boa ideia.

Caso depois da comida, as sobras ficam na pia ou no fogão por muito tempo depois da refeição, isso pode representar a oportunidade maravilhosa para algumas bactérias se multiplicarem lá.

A temperatura da panela ou do prato cai gradualmente os parâmetros ideais para a reprodução dessas criaturas microscópicas são alcançados.

Quando o alimento vai direto para a geladeira, a temperatura mais baixa impede a reprodução acelerada de patógenos.

Não pôr os alimentos no local mais adequado do refrigerador

Prateleiras superiores, gavetas, compartimentos das portas, nelas as temperaturas podem variar significativamente dependendo do espaço no interior do aparelho.

E isso, por sua vez, pode afetar a propagação de Microrganismos – alimentos frescos ou já cozidos precisam de melhor proteção contra o frio, enquanto alimentos enlatados, bebidas e condimentos não precisam de temperaturas tão baixas locais mais adequados para colocar como você pode ver na lista a seguir:

  • Primeira prateleira (a mais alta): ovo, iogurte, leite e derivados;
  • Segunda prateleira (do meio): sobras;
  • Terceira prateleira (inferior, acima da gaveta): alimentos em processo de descongelamento;
    gaveta: legumes e frutas;
  • porta: bebidas, especiarias, geleias, conservas, suco e água.

Também vale a pena prestar atenção em quanto tempo alguns alimentos devem ser armazenados. Depois de um determinado período, eles estragam e podem até afetar a qualidade dos outros produtos armazenados lá.

Deixar a carne em embalagens não lacradas

Para ser claro: a geladeira não impede completamente o processo de reprodução de microrganismos. Eles ficarão lá – e na comida, é claro – mas levarão muito mais tempo para crescer e formar colônias.

E um dos maiores riscos neste ambiente mais frio é a forma como crua Armazenamos a carne.
Geralmente vêm de açougues e supermercados em sacos ou bandejas de isopor e filme plástico, trazendo algum líquido ou sangue que carrega bactérias.

Se a embalagem estiver rachada, esse material pode vazar e ficar outros alimentos sobre eles. Para evitar que isso aconteça, o ideal é trocar o recipiente de carne – colocá-lo em um pote de plástico ou vidro com tampa é uma boa sugestão.

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