Desemprego no Brasil cai para 7,9% em julho, segundo IBGE

Entenda o que levou a queda da taxa de desemprego no Brasil para 7,9% em julho, segundo o IBGE. Este é o menor nível desde 2014.

A taxa de desemprego no Brasil registrou uma leve queda no trimestre encerrado em julho, atingindo 7,9%, segundo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (31).

Esse é o menor resultado para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando a taxa foi de 6,7%.

O que explica a redução do desemprego?

A redução do desemprego pode ser explicada por alguns fatores, como a flexibilização das medidas de restrição impostas pela pandemia de Covid-19, que permitiu a retomada de algumas atividades econômicas, especialmente no setor de serviços.

Além disso, a vacinação da população também contribuiu para aumentar a confiança dos consumidores e dos empresários, estimulando a demanda e a oferta de trabalho.

Outro fator que influenciou a queda do desemprego foi o aumento do número de trabalhadores por conta própria, que cresceu 2,6% em relação ao trimestre anterior, chegando a 25,1 milhões de pessoas.

Essa categoria engloba aqueles que trabalham por conta própria sem CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), como vendedores ambulantes, motoristas de aplicativo, manicures, entre outros.

Muitas vezes, esses trabalhadores recorrem à informalidade como uma alternativa diante da falta de oportunidades no mercado formal.

Quais são os desafios para o mercado de trabalho?

Apesar da melhora na taxa de desemprego, o mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta muitos desafios para se recuperar dos efeitos da crise sanitária.

Um deles é o elevado número de pessoas que estão fora da força de trabalho, ou seja, que não estão trabalhando nem procurando emprego.

Segundo o IBGE, esse contingente somava 76 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho.

Muitos desses indivíduos podem voltar a buscar uma ocupação quando as condições econômicas melhorarem, aumentando a pressão sobre a taxa de desemprego.

Outro desafio é a qualidade do emprego gerado.

A maior parte das vagas criadas no trimestre foi no setor informal, que não oferece garantias trabalhistas nem previdenciárias aos trabalhadores.

Além disso, os rendimentos médios dos ocupados caíram 2% em relação ao mesmo período do ano passado, ficando em R$ 2.515.

Isso significa que muitos trabalhadores estão aceitando empregos com salários mais baixos ou reduzindo suas horas trabalhadas.

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