Em meio às mudanças climáticas em rápida evolução e à crescente pressão social para que as empresas ajudem a contê-las, o perfil profissional que as organizações procuram também mudou. O problema é que a falta de profissionais qualificados deixa o mercado em crise.
Particularmente nos últimos cinco anos, diversos estudos têm destacado um crescimento considerável na demanda por pessoas capazes de implementar padrões ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança) dentro das empresas. Portanto, a falta de profissionais qualificados pode atrasar essa expectativa.
É possível perceber sobre isso através de um exemplo recente, o relatório The Future of Jobs 2023, divulgado em abril pelo Fórum Econômico Mundial. De acordo com os dados fornecidos pelo documento, um cenário de recuperação verde pode levar a um crescimento adicional de até 3,5% do PIB global e criar cerca de 9 milhões de novos empregos por ano.
Os dados neste relatório mostram que os investimentos na transição verde, na aplicação mais ampla de padrões ESG e na adaptação às mudanças climáticas são esperados ter fortes impactos positivos na criação de empregos”, afirmou o relatório.
É interessante destacar que, mais do que cargos tradicionalmente associados ao setor – como engenheiro ambiental ou instalador de painéis solares, por exemplo –, a transição verde deve permitir, sobretudo, promover o crescimento de funções mais gerais, como especialistas em desenvolvimento sustentável e proteção ambiental, que segundo a pesquisa devem crescer 33% e 34%, respectivamente, até 2027. Essa é a preocupação pela falta de profissionais qualificados para ocuparem essas posições; por isso, a necessidade de capacitação urgente.
A urgência da capacitação pela falta de profissionais qualificados
Apesar do cenário promissor, o estudo do Fórum Econômico Mundial traz um alerta importante aos profissionais interessados nas oportunidades que se apresentam: os atuais profissionais não estão suficientemente preparados para atender a essa nova demanda do mercado. Ou seja, é preciso capacitação urgente pela falta de profissionais qualificados para atuar nesta nova área.
“Embora haja um crescimento contínuo de empregos verdes nos últimos quatro anos, conforme indicado por uma pesquisa adicional realizada pelo LinkedIn para o relatório deste ano, a requalificação e o aprimoramento de habilidades verdes não estão acompanhando esse ritmo”, diz o documento referindo-se aos dados apresentados no Global Green Skills Report 2022, publicado pelo LinkedIn no final do ano passado.
Para Sue Duke, que é diretora de Políticas Públicas Globais do LinkedIn, disse que é importante que as empresas investem na formação de novos talentos para mudar essa situação.
Esse processo pode envolver programas de formação acadêmica e técnica, cursos de atualização e requalificação profissional com foco no desenvolvimento de habilidades específicas necessários para enfrentar os desafios relacionados ao meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa.
“O crescimento sustentado dos empregos verdes é realmente uma ótima notícia, especialmente para os candidatos a emprego que estão enfrentando uma reviravolta no mercado de trabalho. Mas os dados do LinkedIn deixam claro que, embora haja uma grande demanda por talentos com habilidades ecológicas, as pessoas não estão desenvolvendo habilidades ecológicas em um ritmo suficientemente rápido para cumprir as metas climáticas. Há uma oportunidade para todos ajudarem a reverter esse quadro. Os governos devem defender a agenda de habilidades ecológicas e as empresas podem e devem fazer mais para equipar seus funcionários com as habilidades necessárias para realizar uma mudança ambiental genuína”, disse ele.
Portanto, se você tem interesse na área, não pode deixar essa falta de profissionais qualificados influenciarem no seu crescimento. Busque cursos que já direcionem melhor o conhecimento para a transição verde.
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