O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou ao Brasil neste domingo (27) após uma viagem de uma semana ao continente africano, onde participou da Cúpula dos Brics, na África do Sul, e visitou Angola e São Tomé e Príncipe.
Agora, o chefe do Executivo tem como principal desafio concluir a reforma ministerial que vem sendo adiada há meses.
Por que a reforma ministerial é importante?
A reforma ministerial é uma estratégia do governo para ampliar sua base de apoio no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados, onde enfrenta dificuldades para aprovar projetos de seu interesse.
Somado a isso, a reforma também visa fortalecer a candidatura de Lula ou de seu aliado à reeleição em 2026, diante da possível concorrência de Jair Bolsonaro (sem partido), Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB).
Para isso, Lula pretende entregar algumas pastas para partidos do chamado Centrão, um bloco informal de legendas que não têm uma ideologia definida, mas que negociam apoio em troca de cargos e recursos.
O Centrão é formado por PP, PL, Republicanos, PSD, PTB, Solidariedade, Avante, PROS e PSC.
Quais são as pastas em jogo?
Segundo fontes do Planalto, as pastas que devem ser alvo da reforma ministerial são:
- Desenvolvimento Social (a pasta tem um dos maiores orçamentos da Esplanada, mas deve perder o programa Bolsa Família, que será incorporado ao novo programa social do governo, o Auxílio Brasil)
- Turismo
- Agricultura
- Educação
Quando a reforma ministerial será anunciada?
A expectativa é de que Lula anuncie as mudanças no primeiro escalão ainda nesta semana.
No entanto, o presidente já adiou a reforma várias vezes e enfrenta resistências dentro do próprio PT e de outros partidos aliados.
Além disso, Lula também precisa levar em conta as indicações dos governadores e dos senadores, que também têm peso na articulação política.