Redução na taxa de desemprego em 8 estados no 2º semestre

As principais quedas foram observadas no Distrito Federal e no Rio Grande do Norte.

O Brasil registrou uma redução na taxa de desemprego no segundo trimestre de 2023, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (15).

A taxa de desocupação passou de 8,8% no primeiro trimestre para 8,0% no segundo trimestre, o menor nível para o período desde 2014.

Não apenas, a queda do desemprego foi acompanhada por baixas significativas em somente oito unidades da federação, enquanto nas demais não houve variação estatística.

Somado a isso, as maiores quedas foram observadas no Distrito Federal, que saiu de 12,0% para 8,7%, e no Rio Grande do Norte, que passou de 12,1% para 10,2%.

Outros estados que registraram redução na taxa de desocupação foram Mato Grosso, Pará, Maranhão, Minas Gerais, Ceará e São Paulo.

Os fatores que influenciaram redução na taxa de desemprego

De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a queda do desemprego no segundo trimestre pode ter sido influenciada por fatores sazonais e estruturais.

Após o término de contratos temporários de fim de ano, a busca por emprego entre os previamente dispensados diminuiu. Entretanto, alguns setores como indústria, comércio e serviços experimentaram aumento na ocupação.

Além disso, a taxa de informalidade também apresentou uma queda no segundo trimestre, passando de 40,0% para 39,2% da população ocupada.

A informalidade é medida pelo IBGE como a soma dos trabalhadores sem carteira assinada, dos trabalhadores por conta própria sem CNPJ, dos empregadores sem CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.

Os desafios para a recuperação do mercado de trabalho

Apesar da queda do desemprego no segundo trimestre, o mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta diversos desafios para se recuperar da crise provocada pela pandemia de Covid-19.

Segundo o IBGE, o país ainda tem 16 milhões de pessoas desocupadas e 6 milhões de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas.

Além disso, há 5 milhões de pessoas que desistiram de procurar trabalho por falta de oportunidade ou por outros motivos.

Outro problema é a qualidade dos empregos gerados.

Segundo o IBGE, a maior parte dos postos de trabalho criados no segundo trimestre foi no setor informal ou sem carteira assinada.

Esses trabalhadores têm menor rendimento médio e menor proteção social do que os trabalhadores formais ou com carteira assinada.

Portanto, apesar da queda do desemprego em oito unidades da federação no segundo trimestre, o Brasil ainda precisa avançar muito para garantir um mercado de trabalho mais inclusivo e sustentável para todos os seus cidadãos.

Comentários estão fechados.