“Gol” será controlada por empresa no Reino Unido. O que muda!?

A companhia aérea Gol (Brasil) anunciou que passará a ser controlada por uma empresa a qual possui sede no Reino Unido. Confira mais detalhes!

A companhia aérea Gol anunciou que vai passar a ser controlada por uma empresa sediada no Reino Unido. O acionista majoritário da empresa brasileira, o fundo de ações Mobi, e os acionistas do grupo colombiano Avianca assinaram um acordo para a criação do conglomerado corporativo Grupo Abra.

As duas companhias aéreas serão administradas sob a visão da holding, mas as atividades das delas permanecerão separadas.

Segundo especialistas, esse tipo de acordo é comum para as empresas cortarem custos, pagar menos impostos e buscar financiamentos mais baratos, principalmente após crises como a pandemia.

Na opinião deles, a medida não alterará a alta concentração do mercado brasileiro de aviação e não deverá afetar os preços das passagens.

Concentração da Gol e outras empresas da aviação

O acordo realizado entre Gol e Avianca segue uma tendência que já aconteceu no Brasil, qual seja, a concentração do mercado. Tal fato é algo normal, e de certo modo e até esperado.

A concentração corporativa é normal após um período de crise como a pandemia. A criação desta holding deveu-se ao problema da crise sanitária (segundo especialistas consultado pelo a UOL).

As concentrações auxiliam as empresas a ganhar tamanho e também a reduzir custos.

À medida que crescem, podem negociar melhores custos, como reduzir o valor do arrendamento (uma espécie de leasing/aluguel) das aeronaves ou com fornecedores.

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A Gol também será beneficiada com a mudança da sede para a Grã-Bretanha. Além de pagar menos impostos, é possível realizar operações no mercado financeiro com mais facilidade, com menores custos de captação.

Tal acordo prejudica a concorrência?

No Brasil, apenas 3 (três) empresas tem controle (dominam) o mercado de transporte aéreo. São elas: Latam (34,79%); Gol (33,22%) e a Azul (31,03%);

A mudança na organização da Gol inicialmente não deve mudar nada na disputa entre as empresas brasileiras.
O ambiente competitivo não mudou.

Não haverá nova empresa, pois a Avianca não opera no mercado brasileiro. Por isso não se ver mudanças no mercado ou no ambiente competitivo.

O acordo realizado entre as organizações não deve afetar os preços das passagens aéreas , pois o setor ainda enfrenta uma difícil recuperação devido à crise da pandemia e aos altos preços dos combustíveis. Como a concorrência é esperada para aumentar não vai mudar, também não há pressão para que haja uma redução de preços.

Concentração por meio de fusões e aquisições de empresas não é necessariamente incomum no mercado brasileiro.

Um exemplo mais recente, foi a tentativa da Azul de adquirir a Latam, cuja empresa controladora está em processo de reestruturação nos EUA (semelhante à recuperação judicial que acontece no Brasil). Embora tivesse o apoio de alguns investidores e credores do Grupo Latam, as negociações não foram concluídas devido ao alto valor que a Azul teria que pagar pela aquisição.

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