EUA anuncia venda para Taiwan de R$ 3,2 bi em munição; Veja!

Segundo o Pentágono, os EUA aprovaram a venda de munição para aviões de combate F-16 para Taiwan, no valor de US$ 619 milhões.

O Pentágono anunciou que os EUA acataram a venda de munição para aviões de combate F-16 para Taiwan, na quantia de US$ 619 milhões.

A medida foi recebida com reação negativa da China, que considerou que a decisão “prejudica gravemente” as relações entre Washington e Pequim.

O plano é composto de 100 mísseis de alta velocidade AGM-88B (HARM) e 200 mísseis ar-ar avançados de médio alcance AIM-120C-8 (AMRAAM), bem como de lançadores e mísseis de treinamento.

Segundo o Pentágono, a venda elevará as capacidades de Taiwan para a defesa de seu espaço aéreo, segurança regional e interoperabilidade com os Estados Unidos.

As relações entre os Estados Unidos e a China em relação a Taiwan já estavam tensas, e o incidente envolvendo a queda de um balão considerado por Washington como um dispositivo de vigilância chinês que sobrevoou o espaço aéreo americano, apenas contribuiu para aumentar a tensão.

Objetivo dos EUA e as relações com Taiwan

O Departamento de Estado dos EUA afirmou que a venda de munição para Taiwan está em conformidade com as posições tradicionais de Washington sobre Pequim e Taipei, contribuindo para a manutenção da paz e estabilidade na região.

A China condenou a decisão, alegando que esta afeta a soberania e interesses de segurança do país, além de prejudicar as relações entre China e Estados Unidos, assim como a paz e estabilidade no Estreito de Taiwan.

Nisso, Taiwan mantém um governo autônomo, enquanto Pequim a considera como parte integrante de seu território.

A China declarou que continuará tomando medidas firmes para proteger sua soberania e interesses de segurança em resposta à venda de armas para Taiwan pelos Estados Unidos.

Por outro lado, Taipé celebrou a primeira venda de armas anunciada pelos Estados Unidos este ano, a nona sob a presidência de Joe Biden, e afirmou que continuará aprimorando suas capacidades de defesa diante da expansão militar e comportamento provocador da China.

Além disso, Jeff Liu, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Taiwan, fez essa declaração.

Taiwan no cenário internacional

Até o começo dos anos 70, Taiwan era amplamente reconhecida pela comunidade internacional como a “República da China”.

No entanto, em 1971, a Organização das Nações Unidas decidiu que a República Popular da China, liderada pelo Partido Comunista em Pequim, seria a única representante legítima da China em todos os seus órgãos.

Como resultado, a “República da China” foi destituída de seu estatuto anterior.

No ano seguinte, o governo alemão retomou os laços diplomáticos com a República Popular da China, baseando sua decisão na política de “unidade chinesa”, que reconheceu Pequim como o único governo legítimo da China e proibiu qualquer relacionamento diplomático com Taiwan.

Essa política ainda é aplicada atualmente, e apenas 14 países em todo o mundo reconhecem Taiwan como um Estado independente, com o Vaticano sendo um deles.

Situação política

A situação política de Taiwan continua a ser um assunto controverso na política internacional, com muitos países adotando uma política de “uma China”, o que implica o reconhecimento da China continental e a não aceitação da independência de Taiwan como um Estado soberano.

Por outro lado, alguns países apoiam a independência de Taiwan e mantêm relações diplomáticas com a ilha.

O futuro das relações entre a China e Taiwan continua incerto, mas é certo que a questão continuará a ser uma questão importante na política global.

Outros motivos

Os Estados Unidos estão buscando fortalecer a democracia na Ásia, e uma parte importante dessa política envolve a proteção de Taiwan contra a pressão da China.

Em Washington, muitos políticos acreditam que, por razões históricas, é essencial que os Estados Unidos não abandonem Taiwan a Pequim.

Durante grande parte da Guerra Fria, Taiwan e os Estados Unidos eram aliados na luta contra a China comunista. Mais tarde, no entanto, os Estados Unidos se aproximaram da China comunista quando esta se distanciou da antiga União Soviética.

Atualmente, os americanos vêem a ascensão do regime de Pequim com grande desconfiança, considerando a China como um rival. Taiwan, por outro lado, é considerado um aliado importante que compartilha dos mesmos valores democráticos.

Assim, os Estados Unidos veem a proteção de Taiwan como uma forma de fortalecer a democracia na Ásia e contrabalançar a influência crescente da China na região.

No entanto, essa política é controversa e pode levar a uma tensão crescente entre os Estados Unidos e a China, especialmente se a China continuar a pressionar Taiwan e se os Estados Unidos decidirem aumentar seu apoio militar e diplomático à ilha.

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