Esquecimento (Branco) no Momento da Prova: Saiba Como Evitar

Um dos grandes pânicos dos estudantes é o “esquecimento” ou “branco” no momento de fazer uma prova.

O branco, ou bloqueio, é a incapacidade momentânea de recuperarmos uma informação aprendida.

Temos consciência de que sabemos, mas não conseguimos lembrar – a informação parece estar tão perto de ser lembrada, que dizemos que “está na ponta da língua”.

A ótima notícia é que dá pra evitar isso. E, mesmo se acontecer no momento da prova, não há razão para desespero.

“É fundamental que o vestibulando esteja ciente de que ele não esqueceu: o conteúdo está em seu cérebro, mas momentaneamente inacessível; por isso, sem pânico!

A maneira mais eficiente tanto de evitar quanto de lidar com o esquecimento é entender por que ele ocorre.

Por que ocorre o esquecimento (branco) na hora da prova?

O bloqueio ocorre normalmente em situações estressantes. Nessas situações, as glândulas adrenais (que ficam acima dos rins) liberam o hormônio cortisol na corrente sanguínea.

Esse hormônio irá promover mudanças no funcionamento de diversas partes do corpo, incluindo o cérebro. Isso aflige as funções cognitivas e, no caso da memória, afeta a recordação.

É natural que tenhamos complicações de lembrar algo quando estamos em uma situação estressante.

Isso faz parte do repertório de mudanças fisiológicas e cognitivas que apresentamos nessas situações, as quais também incluem taquicardia (coração acelerado), boca seca e sudorese (principalmente na palma das mãos).

O esquecimento costuma ter uma permanência fixa?

Na maior parte das vezes, o bloqueio desaparece depois de pouco tempo, com a pessoa relembrando a informação em dois ou três minutos.

Porém, ocasionalmente, a informação pode ficar bloqueada por dias.

Existe alguma maneira de impedir esse branco?

Para impedir esse branco, o mais correto a se fazer é optar por estratégias que impedem um episódio intenso de estresse no momento da prova.

Assim, é essencial que o vestibulando tenha uma ótima noite de sono nos dias anteriores ao exame, principalmente na véspera.

O sono, além de possuir um efeito relaxante sobre o indivíduo no dia seguinte, é fundamental para que o conteúdo estudado torne-se uma memória estável e definitiva.

Exercício físico também pode aliviar o estresse.

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O que fazer se der um “branco” no momento da prova?

Como foi dito, na maior parte das vezes, o branco desaparece e a informação antes bloqueada, fica disponível à lembrança depois de poucos minutos.

É fundamental que o vestibulando esteja ciente de que ele não esqueceu: o conteúdo está fixo em seu cérebro, mas momentaneamente inacessível.

Desta forma, ele pode pular para uma outra questão e depois, quando estiver mais relaxado, voltar à questão inicial.

Se caso a pessoa conseguir lembrar algo, por mais geral ou pouco que seja, será benéfico refletir ou escrever a respeito.

Nossa memória trabalha como uma cadeia de informações ligadas entre si.

Então, quando o vestibulando elabora uma parte do conteúdo, ele está ativando uma parte desta cadeia em seu cérebro, que, por sua vez, simplifica a ativação de toda a cadeia, e a recordação do conteúdo completo.

Como a ansiedade prejudica a memória?

As pessoas que tem muita ansiedade, possuem muito mais chances de ter um branco no momento da prova.

Mas existem condições que elevam a possibilidade de ocorrer esse bloqueio, normalmente porque beneficiam episódios de estresse, como falta de sono e consumo de bebidas cafeinadas (café, refrigerante, etc.).

Vestibulandos devem sempre evitar falta de sono, pois é extremamente ruim para a memória; devem também evitar o excesso de cafeína e, no caso dos mais ansiosos, considerar não consumir.

Eu sempre dou ênfase a essa questão do sono pois é muito comum entre os estudantes virar a noite estudando.

Além de desfavorável à saúde, isso impede a consolidação da memória para um longo prazo.

O mais correto a se fazer é estudar durante o dia e dormir as horas que o corpo precisar durante a noite, possibilitando assim, que a informação se torne um traço permanente em nossa memória, e, portanto, acessível meses ou anos depois.

Sem o sono, a memória tende a durar pouco, e logo, ser esquecida.

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