As operadoras começarão a ativar as redes 5G na cidade de São Paulo nesta quinta-feira (4). A decisão foi tomada nesta terça-feira (2) após reunião da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) onde foram discutidos aspectos técnicos para o lançamento da tecnologia.
Nesse sentido, São Paulo é a quinta cidade brasileira a ter conectividade celular de quinta geração. Anteriormente, as operadoras lançavam o 5G em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB) e Porto Alegre (RS). De acordo com o cronograma da Anatel, todas as capitais devem ter as redes 5G ativadas até o final de setembro.
O sinal precisa ser disponibilizado primeiro em alguns bairros e ser expandido para todos os bairros ao longo do tempo.
De acordo com o jornal ‘O Estado de São Paulo’, a cobertura na cidade de São Paulo deve se concentrar no extenso centro entre a periferia de Tietê e Pinheiros, abrangendo regiões da Zona Oeste e parte da Zona Sul – basicamente as áreas com edifícios comerciais mais importantes.
Nas zonas leste, norte e extremo sul, a cobertura deve ter antenas mais distribuídas.
Assim, o 5G promete velocidades 20 vezes mais rápidas que o 4G – está na faixa dos gigabits por segundo (os filmes podem ser baixados em minutos).
Outrossim, outra vantagem é o baixo tempo de resposta entre um determinado comando e sua execução (a chamada latência), que pode ser particularmente útil para jogos online ou atividades críticas como, por exemplo, operações médicas remotas.
Qual foi a decisão da Anatel?
Para desbloquear a conexão 5G em uma cidade, a Anatel montou um grupo de trabalho que vai analisar se a faixa de frequência de 3,5 GHz (a avenida no céu por onde passavam as informações adquiridas pelas operadoras) de graça é tecnologia.
Originalmente esta avenida destinava-se à televisão por satélite. Em seguida, a autoridade verifica se estão instalados filtros que garantem uma banda de frequência limpa. Para quem tem televisão por satélite, o governo distribuiu gratuitamente kits que transmitem sinais de televisão em uma frequência diferente.
Como fica o 5G para o consumidores?
Existe o risco de confusão para os consumidores. Desde 2020, as principais operadoras começaram a lançar o 5G DSS, uma tecnologia de transição que usa frequências 4G para oferecer velocidades superiores.
Nisso, ao se conectar a essas redes, os celulares indicarão que estão em uma rede 5G, mas na maioria das vezes não será possível distinguir esse 5G de transição do atual 5G lançado recentemente pela Anatel. Há também o caso de telefones que usam banda 4G (2,3 GHz) para fornecer conexões 5G.
Algumas operadoras, como a Claro, dizem que vão ligar para o 5G conectado à frequência de 3,5GHz 5G. Ao longo do tempo, como foi o caso dos EUA, as empresas de telecomunicações devem incorporar diferentes elementos para diferenciar as conexões que oferecem.
Uma forma possível de diferenciação é a velocidade. Enquanto o 5G DSS pode chegar a 100 Mbit/s, o 5G com 3,5 GHz pode chegar a gigabits por segundo – em Brasília foi uma média de 400 Mbit/s segundo a TIM.
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