O Brasil praticamente garantiu novo recorde de safra de grãos para 2022, mas os preços dos alimentos devem seguir em alta, avalia Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento sistemático da produção agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de uma safra abundante, os preços não devem cair porque temos uma demanda muito alta de outros países. Isso afeta o mercado como um todo, explicou Guedes.
Nesse sentido, o mesmo lembra que os preços dos grãos estão altos por conta da demanda e dos problemas logísticos causados pela pandemia de Covid-19 no cenário externo que agora permanece sob a influência da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Assim, os preços são mais influenciados pelo mercado externo do que pelo interno, explicou. E acontece que dentro dos produtos, que são os principais grãos, eles se misturam com outros produtos. Porque o produtor acaba alinhando sua área plantada com as culturas mais valorizadas, adicionou.
A safra agrícola brasileira deve atingir o recorde de 261,4 milhões de toneladas em 2022, 8,2 milhões de toneladas a mais que a produção de 2021, alta de 3,2 %, segundo levantamento sistemático da produção agrícola de junho divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE.
O resultado é 1,5 milhão de toneladas a menos que a previsão da pesquisa anterior, queda de 0,6% em maio. Apesar das perdas na produção de soja, o país deverá colher suas maiores safras de milho e trigo de todos os tempos. As safras de arroz e feijão vão cobrir o consumo interno por enquanto.
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