Seguro viagem: retomada do turismo impacta mercado

O setor de seguro viagem começou a se restabelecer e teve uma alta de quase 170% no ano passado, é o que diz os dados levantados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Esse foi o ano (2022) que os órgãos de saúde, juntamente ao governo, flexibilizaram as medidas de segurança causado pela pandemia do coronavírus. A partir disso, muitos mercados começaram a se recuperar e a indústria de seguro de viagem faturou mais de 900 milhões de reais.

Levando em consideração o faturamento dos dois primeiros anos da pandemia (2020 e 2021), no ano passado conseguiu superar a soma dos dois períodos em 55,4%, já que o faturamento foi de R$ 241.849.584 milhões em 2020 e R$ 337.915.431 milhões em 2021.

Para Thiago Cesar Busarello, idealizador do portal Vida de Turista, o seguro viagem é como um guarda-chuva. “Você paga uma taxa para a seguradora e, em troca, se algo ruim acontecer, como ficar doente ou perder a mala, eles podem te ajudar a cobrir os custos”, conta.

No entanto, Busarello ressalta que cada plano tem um nível de cobertura e reforça a importância de ler bem cada contrato antes de assiná-lo. “O quanto você paga varia dependendo de coisas como sua idade, para onde você está indo, quanto tempo vai ficar e se você já tem algum problema de saúde. As principais coberturas são para despesas médicas, cancelamento de viagem, interrupção de viagem, perda ou dano de bagagem e atrasos de viagem”, conta.

Seguro viagem para todos os destinos

O seguro viagem é importante para qualquer destino e, com a retomada do turismo após o fim da pandemia, dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) mostram que, de janeiro a julho de 2022, o número de viagens internacionais triplicou em relação ao ano anterior. Estima-se que pelo menos 470 milhões de turistas tenham viajado para o exterior.

Com isso, a Europa se destaca entre os destinos mais procurados para esse tipo de viagem, registrando quase três vezes o número de turistas em relação aos primeiros sete meses de 2021, um aumento de 85% no mês de julho, em relação ao ano 2019.

Devido à propagação da covid-19, alguns países exigem seguro viagem para entrar no país. Ele já era uma necessidade na Europa antes da pandemia através do acordo de Schengen e a pandemia só reforçou essa necessidade. Por isso, a alta demanda pelo continente europeu torna a contratação do serviço ainda mais pontual.

Segundo Busarello, “ninguém deveria viajar para fora do país sem seguro de viagem, indiferente se o destino tem ele como um item obrigatório para entrar no país”. Isto porque a seguradora, em geral, “cobre despesas em moedas estrangeiras, dá assistência em português para casos menos graves via telemedicina, auxilia o viajante a encontrar o melhor hospital ou farmácia para ser atendido, entre outros amparos”.

Por fim, ele destaca que o maior benefício do seguro viagem é a tranquilidade que ele proporciona. “Saber que você tem proteção em caso de problemas imprevistos pode tornar sua viagem muito mais confortável”, conclui.

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