Influenza aviária no Brasil: Mais casos aparecem; Entenda!

Saiba o que é a influenza aviária, como ela afeta as aves e os humanos, e o que o Brasil está fazendo para prevenir e controlar a doença.

O Brasil enfrenta uma situação preocupante com a detecção de casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no território nacional.

Sendo assim, a doença, causada pelo vírus H5N1, pode afetar a produção de aves de subsistência e comercial, a fauna e a saúde humana.

Diante desse cenário, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou estado de emergência zoosanitária em todo o país por 180 dias, a partir do dia 22 de Maio de 2023.

Neste artigo, vamos explicar o que isso significa e quais são as medidas adotadas para prevenir e controlar a doença.

O que é influenza aviária?

A influenza aviária é uma doença infecciosa que afeta principalmente as aves, mas que pode ser transmitida para outros animais e para os humanos.

O vírus da influenza aviária pertence à família Orthomyxoviridae e possui vários subtipos, sendo que alguns são mais patogênicos (causam mais danos) do que outros.

Este subtipo H5N1 é considerado de alta patogenicidade e pode causar mortalidade elevada nas aves infectadas.

Como o vírus se espalha?

O vírus da influenza aviária se espalha principalmente pelo contato direto ou indireto com as secreções respiratórias ou as fezes das aves infectadas.

As aves silvestres, especialmente as aquáticas, podem ser reservatórios naturais do vírus e disseminá-lo para outras aves ou regiões.

Não apenas, o vírus também pode ser transportado por objetos contaminados, como roupas, calçados, equipamentos, veículos ou alimentos.

Quais são os sintomas nas aves?

As aves infectadas pelo vírus da influenza aviária podem apresentar sintomas variados, dependendo do subtipo do vírus, da espécie da ave, da idade e do estado imunológico.

Os sintomas mais comuns são:

  • Febre;
  • Depressão;
  • Perda de apetite;
  • Diminuição da produção de ovos;
  • Tosse;
  • Espirros;
  • Corrimento nasal;
  • Diarreia;
  • Hemorragias;
  • Inchaço na cabeça e no pescoço;
  • Alterações na coloração das cristas e das barbelas;
  • Paralisia;
  • Morte súbita.

Quais são os riscos para os humanos?

Os humanos podem se infectar pelo vírus da influenza aviária por meio do contato direto ou indireto com as aves infectadas ou com o ambiente contaminado.

Com efeito, os casos humanos são raros, mas podem ocorrer em situações de exposição prolongada ou intensa ao vírus. Os sintomas nos humanos são semelhantes aos da gripe comum, como:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Dor de garganta;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular;
  • Dificuldade respiratória.

Em alguns casos, a infecção pode evoluir para complicações graves, como pneumonia, insuficiência respiratória, falência múltipla de órgãos e morte.

Como prevenir e controlar a doença?

A prevenção e o controle da influenza aviária dependem de medidas sanitárias rigorosas nas granjas e nas propriedades rurais que criam aves, bem como na vigilância epidemiológica das aves silvestres e dos casos humanos suspeitos.

Algumas das medidas recomendadas pelo Mapa são:

  • Manter as aves confinadas em galpões telados, sem acesso a piquetes abertos;
  • Evitar o contato das aves com outras espécies animais ou com fontes potenciais de contaminação, como água parada ou lixo orgânico;
  • Higienizar adequadamente as instalações, os equipamentos, os veículos e as pessoas que entram em contato com as aves;
  • Notificar imediatamente o serviço veterinário oficial em caso de suspeita ou confirmação da doença nas aves ou nos humanos;
  • Seguir as orientações do serviço veterinário oficial quanto ao manejo, ao tratamento, à vacinação, à coleta de amostras, à eutanásia ou ao descarte das aves infectadas ou expostas ao vírus;
  • Respeitar as normas de biosseguridade e de bem-estar animal estabelecidas pelo Mapa.

Qual é o papel do estado de emergência zoosanitária?

O estado de emergência zoosanitária é uma medida administrativa que visa facilitar a mobilização de recursos financeiros, materiais e humanos para enfrentar uma situação que coloca em risco a saúde animal e pública.

Nesse aspecto, o Mapa pode, entre outras  medidas, articular-se com outros ministérios, órgãos governamentais e não governamentais nas esferas federal, estadual e municipal para executar as ações de emergência;

Igualmente, pode estabelecer normas complementares para prevenir e controlar a doença no país.

 

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