Greve dos ônibus em São Luís: Operários exigem melhorias
Justiça do Trabalho determina manutenção de 70% da frota de ônibus em funcionamento durante greve dos ônibus em São Luís.
Greve dos ônibus em São Luís no Maranhão em pleno Abril de 2023. Afinal, o que está acontecendo?
Como se sabe, os trabalhadores do transporte coletivo de São Luís estão em greve desde o dia 10 de Abril de 2023, reivindicando melhores condições de trabalho e salário.
Isso por que eles pedem um reajuste salarial de 15%, um vale-alimentação de R$ 900 para todas as funções, a manutenção dos cobradores no sistema, a igualdade de jornada de trabalho entre todos os cargos e a inclusão de um dependente no plano de saúde.
Com isso, a greve afeta milhares de usuários que dependem dos ônibus urbanos e semiurbanos para se locomover na capital e na região metropolitana.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, apenas 30% da frota está circulando, o que provoca superlotação, atrasos e transtornos para a população.
Por que a greve começou?
A greve foi deflagrada após o impasse nas negociações entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET).
Nesse sentido, os empresários alegam que não têm condições de atender às reivindicações dos trabalhadores, pois estão enfrentando uma crise financeira agravada pela pandemia da Covid-19, que reduziu o número de passageiros e a receita do setor.
Ademais, o SET também afirma que o reajuste da tarifa de ônibus anunciado pela prefeitura em Fevereiro de 2023, de R$ 0,30, foi insuficiente para cobrir os custos operacionais e a inflação.
O valor atual da passagem é de R$ 3,70 para as linhas não integradas e R$ 4,20 para as linhas integradas.
O que já foi feito para resolver o impasse?
Desde o início da greve, várias tentativas de mediação foram feitas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pela Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) e pela Justiça do Trabalho.
No entanto, nenhuma proposta apresentada até agora foi aceita pelas partes envolvidas.
Vale destacar que o MPT chegou a sugerir um reajuste salarial de 8%, um vale-alimentação de R$ 700 e a manutenção dos cobradores no sistema, mas os rodoviários recusaram.
Assim, o SET ofereceu um reajuste salarial de 4%, um vale-alimentação de R$ 600 e a substituição dos cobradores por bilheteiros nas estações, mas os trabalhadores também não aceitaram.
A Justiça do Trabalho determinou que pelo menos 70% da frota circulasse nos horários de pico e 50% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 100 mil ao sindicato dos rodoviários.
Porém, a decisão não foi cumprida integralmente pelos trabalhadores, que alegam dificuldades operacionais e falta de segurança.
Quais são as consequências da greve dos ônibus em São Luís
A greve dos ônibus em São Luís traz uma série de prejuízos para a cidade e para os cidadãos.
Além do caos no trânsito e na mobilidade urbana, a paralisação afeta outros setores da economia e da sociedade, como o comércio, a educação, a saúde e a segurança pública.
Muitas pessoas estão tendo dificuldades para chegar ao trabalho, à escola, aos hospitais e aos serviços essenciais.
Já outras estão optando por meios alternativos de transporte, como mototáxis, aplicativos e caronas solidárias, mas que nem sempre são acessíveis ou seguros.
Quais são as alternativas para a greve dos ônibus em São Luís
Diante da greve dos ônibus em São Luís, muitos usuários estão buscando outras formas de se deslocar pela cidade. Algumas das alternativas são:
- Mototáxi: é uma opção rápida e barata, mas que oferece riscos de acidentes e de contaminação pelo coronavírus. Além disso, nem todos os mototaxistas são regulamentados e fiscalizados pelo poder público.
- Aplicativos: são uma opção confortável e segura, mas que podem ter um custo elevado, dependendo da distância e da demanda. Alguns aplicativos oferecem descontos e promoções para atrair os clientes durante a greve.
- Carona solidária: é uma opção econômica e sustentável, que consiste em compartilhar o veículo com outras pessoas que tenham o mesmo destino ou trajeto.
- Bicicleta: é uma opção saudável e ecológica, que pode ser usada para trajetos curtos e médios. No entanto, requer cuidados com a segurança, a sinalização e a infraestrutura cicloviária da cidade.
- Transporte escolar: é uma opção que pode beneficiar os estudantes que precisam ir à escola ou à faculdade durante a greve. Alguns pais e responsáveis estão se organizando para contratar vans ou micro-ônibus para levar os alunos aos seus locais de estudo.
Qual é a perspectiva para o fim da greve?
Até o momento, não há uma previsão para o fim da greve dos ônibus em São Luís.
As negociações entre os rodoviários, os empresários e o poder público continuam em andamento, mas sem avanços significativos.
Enquanto isso, a população segue sofrendo com a falta de transporte coletivo na cidade.
A esperança é que as partes envolvidas cheguem a um acordo justo e equilibrado, que atenda às demandas dos trabalhadores, dos usuários e dos gestores do sistema de transporte público.
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