Dia Nacional do Vinho: conheça mitos e verdades sobre a bebida

O dia 4 de junho é comemorado o Dia Nacional do Vinho. O projeto de lei de 2008 foi sancionado em 2017 e desde então o primeiro domingo do sexto mês é dedicado à comemoração, que visa exaltar o mercado brasileiro, formado por grandes profissionais, produtores, empresas e, claro, consumidores – personagens fundamentais por todo o cenário atual.

Os vinhos brasileiros ganham destaque em premiações pelo mundo e a valorização do produto nacional aumentou. A região da Serra da Mantiqueira ganha destaque ao lado dos produtores tradicionais originários do sul do Brasil, responsáveis ​​por 90% da produção brasileira de espumantes, o que é celebrado em muitos países.

Mesmo comemorando bem o Dia Nacional do Vinho, o Brasil ainda não está entre os players mundiais desse mercado – que, embora pareça paradoxal, é visto com otimismo por especialistas do setor.

Mitos, verdades e curiosidades sobre a bebida no Dia Nacional do Vinho

Se você pertence a essa população que passou a beber cada vez mais vinho nos últimos anos, mas não é um grande conhecedor do assunto, já deve ter escutado afirmações que se tornaram verdades absolutas. Mas será que tudo o que é dito com tanta certeza por aí é verdade?

Hoje, no Dia Nacional do Vinho, conheça os principais mitos e verdades sobre o vinho na perspetiva dos sommeliers.

“Vinho branco só combina com peixe, vinho tinto só com carne”

Mito. Hoje temos muitas opções e variações de brancos e tintos, com vinhos leves e encorpados em ambos. É perfeitamente possível fazer diferentes harmonizações, levando em conta também as guarnições que o prato terá. Aqui em Portugal, por exemplo, nada mais clássico do que harmonizar o bacalhau com um bom tinto”, explica o sommelier Pedro.

“Quanto mais velho o vinho, melhor.”

Mais um mito nesse Dia Nacional do Vinho. Especialistas dizem que a maioria dos vinhos hoje é feita para ser consumida depois de alguns anos, de três a cinco anos. As chances são de que, se você comprar vinho no balcão e beber depois de 10 anos, o vinho vai oxidar. Os vinhos denominados “guarda”, com esta característica, figuram apenas 10% do mercado.

“A rolha classificam a qualidade do vinho”

Mito. O sommelier enfatiza a necessidade de separar a complexidade do vinho do tipo de rolha. O Screw cap, além de evitar contaminação e ser extremamente asséptico, veda muito bem. Existem grandes produtores em diferentes regiões fazendo experimentos com esse tipo de rolha”.

“O vinho pode ser armazenado fora da adega.”

Sim, é verdade. “Inclusive, a maioria dos espumantes leva uma variedade de uvas tintas. A pigmentação, a maioria das vezes, está em sua casca. São poucas as uvas chamadas de “tintureiras”, que têm a “pele” e o suco escuro. Se espremer a conhecida Cabernet Sauvignon sem tirar a coloração da casca pode-se fazer um vinho branco, por exemplo”, explica Vila Anália.

“Você pode guardar o vinho após a abertura”

Uma verdade absoluta nesse Dia Nacional do Vinho. É comum abrir uma garrafa e sobrar. O melhor armazenamento é a porta da geladeira. Temperaturas mais baixas retardam esse processo de oxidação. Os vinhos mais leves e frescos permanecem no local em média de 2 a 3 dias. Os tintos mais fortes, com taninos e muita fruta, duram mais alguns dias.

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