Caixa Econômica realiza aumento dos juros crédito imobiliário
A alta de 0,5% nos juros de crédito imobiliário impactaram diretamente nas taxas de financiamento e na dinâmica do mercado imobiliário.
A Caixa Econômica Federal (CEF) realizou o aumento da taxa de juros do crédito imobiliário em 0,5% na modalidade Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, e assim, a taxa de juros passa a ter o valor de 8,99% ao ano.
Para saber tudo sobre o assunto, acompanhe este artigo até o final!
Situação atual do aumento dos juros crédito imobiliário
Nesta quarta-feira (12), a Caixa Econômica confirmou o aumento dos juros crédito imobiliário com recursos originados da caderneta de poupança, aumentando-o em 0,5% e estando válido para os contratos desde o dia 03 de abril.
Com o aumento dos juros crédito imobiliário, as novas taxas passam a ter o valor de 8,99% a.a., além da Taxa Referencial (TR), e podem atingir o percentual de 9,99% a.a. mais TR.
De acordo com a nota oficial da Caixa, as taxas de juros são definidas de acordo com outros fatores do mercado financeiro, considerando a conjuntura econômica e as regras prudenciais do banco.
É importante lembrar que a Caixa foi o último dos grandes bancos a elevar as taxas no financiamento imobiliário, mas antes do aumento, o banco já havia sinalizado tal situação.
Além disso, a poupança tem tido recordes de saque, e para compensar esse desinvestimento, os bancos têm que recorrer a outras fontes de financiamento, como as letras de crédito imobiliário (LCOs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), atreladas ao CDI.
Projeções e estimativas de crédito imobiliário
Para o ano de 2023, a Caixa estima conceder cerca de R$ 70 bilhões em forma de crédito imobiliário, utilizando os recursos da poupança.
Caso esse valor seja confirmado e o aumento dos juros crédito imobiliário, ele representará uma redução de 24% nos valores concedidos, já que no ano passado, o valor alcançou o recorde de R$ 92 bilhões.
Além disso, a Caixa também informou que as taxas dos programas de habitação popular, como o Minha Casa, Minha Vida, e a linha Pró-Cotista, permanecem sem nenhuma alteração desde outubro de 2021.
Todavia, os financiamentos com os recursos provenientes dos FGTS devem ficar entre R$ 90 e R$ 100 bilhões de reais para o ano de 2023.
Todavia, a Caixa deve totalizar cerca de R$ 170 bilhões de reais para empréstimos destinados à compra e a construção de moradias.
Como está o mercado imobiliário?
Com o aumento dos juros crédito imobiliário, o mercado passa a se movimentar e criar várias estratégias.
Com a taxa Selic em 13,75% ao ano, a onda dos saques das cadernetas de poupança levaram os bancos privados a aumentar as taxas de financiamento nas últimas semanas.
Porém tudo isso acendeu o sinal de alerta nas imobiliárias, as quais podem enfrentar um pouco mais de dificuldade nas vendas e negociações, já que os consumidores estão menos motivados a comprar devido o aumento das taxas.
Todo esse medo está bastante relacionado com a progressão da taxa de juros, já que a taxa média de juros crédito imobiliário chegou à dois dígitos no segundo semestre do ano passado, que é algo que não se via desde o ano de 2016.
De acordo com o Banco Central, a taxa chegou aos dois dígitos em janeiro deste ano, atingindo o índice de 10,74% ao ano, sendo considerado o maior dos últimos anos, pois nos anos de 2021 e 2023, as taxas eram de 6,98% e 9,41%, respectivamente.
Assim, a expectativa é que as vendas dos imóveis, em especial os imóveis de alto padrão, sejam muito mais demoradas, já que o cenário de financiamento está bastante instável.
Segundo os estudos realizados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o lançamentos de imóveis no país tiveram queda de 23,1% no quarto trimestre, quando comparado com o período de 2021.
Com este cenário instável, os especialistas recomendam o adiamento das compras de imóveis por um tempo, caso o consumidor possa esperar, já que qualquer alteração da taxa de juros impacta diretamente no valor do imóvel.
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